E a menina faz um percurso fantástico naquele entrelugar,
entre o despertar e o sono.
Escorre,
vagarosamente,
uma neblina povoada de sonhos,
pedaços de vidas, fios condutores de memória
— Aquela, a guardiã das lembranças —,
as imagens aparecem na mente, às vezes, longe, perto, longe.
Um assovio, talvez um pio, denuncia a hora do levantar,
prenuncio de alvorada.
Véspera de sol-nascer.
De volta à realidade.
Silvia Câmara